MAIS QUE ADESTRAMENTO: RESTAURAMOS A ORDEM INVISÍVEL QUE MANTÉM CÃES E FAMÍLIAS EM EQUILÍBRIO
O debate sobre o uso da punição no treinamento de cães sempre gerou controvérsia. Com mais de 30 anos de experiência e mais de 20 mil cães treinados, continuo aprendendo diariamente que não existe fórmula única. Cada cão é um indivíduo, com histórico, temperamento e necessidades específicas. Essa constatação exige que o adestrador profissional use discernimento e ética ao aplicar qualquer método.
Nenhum cão é igual ao outro. Alguns respondem muito bem ao reforço positivo, enquanto outros apresentam comportamentos agressivos ou reativos que colocam em risco a segurança da família e da comunidade. Nesses casos, o uso criterioso da punição pode se tornar necessário, desde que aplicado de forma equilibrada e sem crueldade. A punição nunca deve ser um ato de raiva ou violência, mas uma ferramenta de correção imediata e pontual.
Comportamentos perigosos como agressão contra pessoas ou animais, reatividade intensa a estímulos externos, possessividade em relação a comida ou brinquedos e perseguição de bicicletas ou carros não podem ser ignorados. Eles representam riscos reais e precisam ser tratados com seriedade. A punição, quando aplicada corretamente, pode interromper esses comportamentos e abrir espaço para um processo de reeducação mais completo, sempre associado ao reforço positivo.
O trabalho do neurocientista Michael Merzenich, referência mundial em plasticidade cerebral, mostra que o cérebro dos cães é altamente maleável. Padrões indesejados podem ser substituídos por novos comportamentos através de estímulos consistentes e repetição. Isso significa que os cães têm a capacidade de reaprender, superar traumas e encontrar equilíbrio. A ciência reforça a ideia de que a punição não deve ser vista como único recurso, mas como parte de um conjunto maior de estratégias que estimulam novas conexões neurais e promovem o bem-estar.
A verdadeira habilidade do adestrador está em equilibrar disciplina e compaixão. A punição responsável pode interromper um comportamento perigoso, mas o reforço positivo é o que constrói novos hábitos duradouros. Integrar esses dois aspectos exige conhecimento profundo, sensibilidade e um olhar sistêmico que considere não apenas o cão, mas também sua família e o ambiente em que vive.
O uso da punição no treinamento de cães deve ser ético, pontual e sempre acompanhado de técnicas modernas que aproveitem o potencial de aprendizado do animal. Quando aplicado com discernimento, esse recurso contribui para corrigir comportamentos perigosos, proteger a comunidade e fortalecer o vínculo entre cão e dono. A neurociência mostra que os cães podem reaprender e evoluir, e cabe ao adestrador conduzir esse processo com responsabilidade.
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